Jack Kevorkian 5l4o

Jack Kevorkian, mais conhecido como Dr. morte, foi um médico nascido em Detroit que defendia o direito de pacientes terminais praticarem o suicídio assistido, e auxiliava, neste sentido, aqueles que o procuravam. Dr. morte veio a óbito em junho de 2011. 236i2y

Jack Kevorkian, conhecido popularmente como “Dr. Morte”, nasceu em 26 de maio de 1928, em Detroit, Estados Unidos. Ele concluiu seus estudos em 1952, tornando-se médico patologista; seguindo tal ofício até o fim da década de 1970, quando também teve a oportunidade de trabalhar como chefe dessa área, no Hospital Geral de Saratoga, nesta mesma cidade. Desde a sua residência, esse médico já indicava algumas ideias diferenciadas no que diz respeito à morte. Ele, por exemplo, sugeria a reutilização de órgãos e tecidos de pacientes já falecidos em pessoas com problemas de saúde específicos, causando uma reação negativa da parte de seus colegas e superiores. Além disso, dizem algumas fontes que ele buscou permissão das autoridades para fazer experimentos com pessoas condenadas à pena de morte, sem sucesso. Foi, no entanto, na década de 80 que Jack ou a ter significativa notoriedade; ajudando – em sua concepção – doentes terminais a encerrarem sua dor, por meio do suicídio assistido. Tal procedimento consiste em auxiliar outra pessoa, consciente, a alcançar o óbito, de forma indolor, e por conta própria. Assim, é diferente da eutanásia, já que esta é praticada pelo médico ou por outro indivíduo que não seja a pessoa em questão, uma vez que o doente geralmente se apresenta inconsciente, não sendo capaz de, naquele momento, manifestar-se favorável ou não ao procedimento. Desde então, Kevorkian ou a lutar pelo direito dessa prática. Em 1988, construiu a "máquina de clemência", que permitia com que tal fato fosse consumado ao acionar um botão, liberando fármacos no organismo do paciente. Ao perder sua licença médica, em 1991, ele ou a utilizar o monóxido de carbono como instrumento para propiciar a morte de tais pessoas. Por mais de três vezes, Dr. Morte foi julgado por praticar e defender tais atos, não resultando em consequências significativas. No entanto, em 1998, foi acusado por homicídio, por provocar diretamente a morte de um paciente, Thomas Youk, incapaz, fisicamente, de ministrar os fármacos letais por conta própria (na bioética, tal procedimento é denominado eutanásia ativa); e, ainda, filmar e permitir a projeção de tal vídeo na tevê. Assim, foi condenado a 25 anos de prisão, com direito à liberdade condicional a partir de 2007. Neste ano, como condição de conquistar tal direito, teve que se comprometer a não auxiliar em mais suicídios. Na madrugada de três de junho de 2011, Jack Kevorkian veio a óbito, no William Beaumnt, hospital da sua cidade natal; em consequência do alojamento de um coágulo em seu coração. Ele estava internado ali há cerca de um mês, em decorrência, principalmente, de problemas renais e complicações do diabetes. As opiniões se dividem. Por um lado, alguns acreditam que Jack Kevorkian se trata de um criminoso. Por outro, é considerado uma pessoa sensível à situação de pessoas que se encontravam em condições extremas – ideia reforçada pelo fato de ele nunca haver cobrado por tal assistência. De qualquer forma, suas atitudes nos convidam a refletir sobre questões que desafiam a medicina, a bioética, as leis, as religiões, a filosofia, a ciência, e a sociedade como um todo; uma vez que envolvem questões de grande sofrimento físico e psíquico, fatores econômicos, dentre outros aspectos de grande relevância.   45x2m

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Fonte: Brasil Escola - /biografia/jack-kevorkian.htm