O nazismo foi uma ideologia extremista que se originou na Alemanha após o fim da Primeira Guerra Mundial e que rapidamente ganhou apoio de boa parte da população do país. A partir da Alemanha, o nazismo se difundiu para outros países, ganhando adeptos em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil.
Os nazistas acreditavam que os alemães pertenciam à raça ariana, considerada por eles uma raça superior. Segundo essa crença, a miscigenação de arianos com judeus, eslavos e outros povos tornava a raça ariana impura. Os judeus ainda eram acusados de associação com o comunismo internacional e de traírem a Alemanha na Primeira Guerra.
Em 1933, os nazistas chegaram ao poder na Alemanha. O país se tornou um regime totalitário, com o Führer centralizando todas as decisões do III Reich. Militarista e expansionista por natureza, o nazismo levou o mundo à Segunda Guerra Mundial, causando a morte de dezenas de milhões de pessoas, entre elas seis milhões de judeus, a maioria deles em campos de extermínio.
Com a derrota alemã em 1945, os principais líderes nazistas foram presos e executados, o Estado alemão foi desnazificado e a defesa dessa ideologia ou a ser crime no país.
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Resumo sobre nazismo
- O nazismo foi uma ideologia de extrema-direita que acreditava na superioridade da raça ariana.
- O antissemitismo foi uma das principais características do nazismo.
- Em 1920 foi fundado o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, que ficou popularmente conhecido como Partido Nazista.
- Adolf Hitler foi o principal teórico e líder político do nazismo.
- O livro Mein Kampf, escrito por Adolf Hitler, é a principal obra do nazismo.
- O nazismo foi adotado na Alemanha, entre 1933 e 1945.
- Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas perpetraram o Holocausto, o genocídio judeu.
- A suástica foi o principal símbolo do nazismo.
- Na atualidade, no Brasil e no mundo, existem diversos grupos que adotam a ideologia nazista, esses grupos são chamados neonazistas.
Qual a ideologia do nazismo?
O racismo é um dos principais elementos presentes na ideologia nazista e o que difere essa ideologia de outras extremistas. Os nazistas acreditavam que os alemães eram membros de uma raça superior, a ariana. Na crença nazista, que mistura pseudociência e misticismo, a raça ariana seria originária do subcontinente indiano, há milhares de anos.
Ainda segundo a crença nazista, parte dos arianos teria migrado para o oeste, para a Europa Central, estabelecendo-se na região e sendo os ancestrais dos alemães. Para os nazistas, os arianos da Ásia teriam se miscigenado com outras raças, perdendo a pureza da raça ariana e, dessa forma, sendo inferiores aos arianos germânicos. Os termos “ária” e “arianos” se referiam, na antiga Índia, a um grupo social, uma espécie de nobreza do período, e não a uma “raça”, como defendiam os nazistas.
As Leis de Nuremberg fora promulgadas por Hitler em 1935 e colocaram em prática as teorias racistas e eugênicas dos nazistas. A lei estabelecia que só pessoas com “sangue alemão” poderiam ser consideradas cidadãs do Reich. O casamento entre alemães e judeus foi proibido pelas Leis de Nuremberg, assim como o casamento de alemães com pessoas com deficiências.
Buscando melhorar a raça ariana, diversas medidas eugenistas foram adotadas pelo III Reich. Milhares de alemães com diferentes deficiências, físicas e mentais foram esterilizados ou mortos pelo Estado alemão, muitos deles em câmaras de gás.
O antissemitismo é outro elemento presente na ideologia nazista. Para os nazistas, os judeus eram uma ameaça para a Alemanha, pois teriam maior taxa de fecundidade e, dessa forma, suplantariam a população ariana com o ar do tempo.
Os judeus também eram acusados de terem traído a Alemanha na Primeira Guerra, sendo os responsáveis pela rendição do país. Eles também eram acusados de se aliarem com o comunismo internacional e de sabotarem a Alemanha durante a República de Weimar.
O nazismo também foi uma ideologia extremamente autoritária, uma vez que era contra a democracia e a favor do unipartidarismo. Hitler e os nazistas viam a democracia como ineficaz e corrompida pelos judeus e esquerdistas.
O nacionalismo exacerbado, o militarismo e a defesa do expansionismo alemão foram outras características do nazismo. Desde que chegaram ao poder, os nazistas ignoraram o Tratado de Versalhes e transformaram as forças armadas do país novamente em uma potência.
Hitler defendia a ideia do “espaço vital”, de acordo com a qual o território alemão não era suficiente para a sobrevivência do povo ariano, o que levava à necessidade de conquistas territoriais. O que de fato aconteceu e levou o mundo à guerra.
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Símbolos do nazismo
→ Suástica
A suástica é um símbolo utilizado, há milhares de anos, por diversos povos da Ásia e Europa. A palavra suástica é de origem sânscrita e significa algo como “boa sorte” ou “bem-estar”. Ainda hoje, na Índia, ela é utilizada por diferentes religiões, como o budismo, o hinduísmo e o jainismo. Desde a fundação do Partido Nazista, em 1920, a suástica foi adotada como seu principal símbolo, sendo posicionada no centro da bandeira do partido.
Em seu livro, Mein Kampf, Hitler afirmou que ele mesmo criou a bandeira, escolhendo as cores vermelha, preta e branca, em referência à bandeira do Império Alemão; e a suástica, que remetia à suposta origem dos arianos.
→ Cruz de Ferro
A Cruz de Ferro (Eisernes Kreuz) foi criada, em 10 de março de 1813, pelo rei da Prússia, Frederico Guilherme III, como uma condecoração militar do reino para os que se destacavam nas Guerras Napoleônicas. Durante a Guerra Franco-Prussiana, a Cruz de Ferro foi recriada pelo então rei prussiano, Guilherme I, e, na Primeira Guerra Mundial, foi instituída por Guilherme II.
Em 1º de setembro de 1939, dia de início da Segunda Guerra Mundial, Hitler reintroduziu a Cruz de Ferro como a principal condecoração militar da Alemanha. Durante a guerra, milhares de militares, homens e mulheres, foram condecorados com a cruz. Após o fim da guerra e o início do processo de “desnazificação” da Alemanha, a condecoração foi novamente extinta.
Em 1956, o uso da Cruz de Ferro ou a ser permitido em veículos e aeronaves das forças armadas da Alemanha Ocidental. Theodor Heuss, então presidente do país, argumentou que a cruz era um símbolo de tradição e identidade das forças armadas do país, muito antes do nazismo. Ainda hoje, a Cruz de Ferro é utilizada em alguns veículos da Bundeswehr.
→ A águia nazista
A águia nazista, chamada oficialmente de Águia Imperial (Reichsadler), é outro símbolo milenar adotado por diversos povos e que foi apropriado pelos nazistas. A águia foi utilizada como símbolo heráldico desde a Antiguidade, sendo usada pelo Império Romano, pelo Sacro Império Romano-Germânico, pelo Império Alemão e pela República de Weimar.
A águia nazista tinha asas abertas e, com suas garras, segurava uma guirlanda com a suástica. Ela foi adotada com símbolo do Reich e do Partido Nazista na década de 1930 por ordem de Hitler.
→ SS
A Schutzstaffel, conhecida popularmente como SS, foi inicialmente um grupo paramilitar criado por Hitler em 1925, com a justificativa de que serviria para a sua segurança pessoal e de outros membros do Partido Nazista. Na prática, a SS se tornou responsável por diversos ataques a judeus, comunistas, sindicalistas e antigos aliados de Hitler.
Na Noite dos Longos Punhais, a SS eliminou os opositores de Hitler, entre eles parte dos membros da SA, grupo paramilitar nazista liderado por Ernst Rohm e que concorria com as SS. Com a ascensão do Nazismo ao poder, em 1933, a SS foi gradativamente integrada ao Estado alemão, tornando-se uma espécie de tropa de elite das forças do Reich. Entre outras funções, a SS foi responsável pela coordenação dos trabalhos nos campos de extermínio.
O que é apologia ao nazismo?
Apologia é, segundo os principais dicionários da língua portuguesa, “defender”, “elogiar uma doutrina ou ideologia”, “realizar um discurso ou escrito laudatório para justificar, elogiar alguém ou alguma coisa”. Dessa forma, realizar apologia ao nazismo é defender tal ideologia, elogiá-la ou propagá-la.
No Brasil, a apologia ao nazismo é considerada crime pela Lei 7.716/89, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente José Sarney em 5 de janeiro de 1989.
A lei estabelece:
“Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.” |1|
O nazismo é de esquerda ou de direita?
A discussão se o nazismo foi de esquerda ou direita gera acalorados debates nas redes sociais, em grupos de amigos e mesmo entre políticos com destaque no cenário nacional. Contudo, para os historiadores profissionais, o nazismo foi uma ideologia de extrema-direita.
Para corroborar tal fato, os historiadores utilizam como fontes os próprios discursos de Hitler e de outros líderes nazistas. Eles estabeleciam comunistas e socialistas como seus principais opositores políticos. Para Hitler e outros nazistas, o comunismo era uma criação judaica e seria financiado e liderado por judeus. Em Mein Kampf, Hitler cita por diversas vezes socialistas e comunistas como inimigos da Alemanha. Entre esses trechos, temos:
“Em um tempo em que os melhores elementos da nação morriam no front, os que ficaram em casa, entregues aos seus trabalhos, deviam ter livrado a nação dessa piolharia comunista.”
“Nos anos de 1913 e 1914 manifestei a opinião, em vários círculos, que, em parte, hoje estão filiados ao movimento nacional-socialista, de que o problema futuro da nação alemã devia ser o aniquilamento do marxismo.”
“E o meio mais eficiente, em tais casos, sempre foi o terror, o emprego da força. Mais do que qualquer outro grupo, os marxistas, ludibriadores da nação, deveriam odiar um movimento cujo escopo declarado era conquistar as massas que até então tinham estado a serviço dos partidos marxistas dos judeus internacionais.”
Um dos principais argumentos utilizados por aqueles que defendem que o nazismo é uma ideologia de esquerda é a palavra “socialista” no nome do Partido Nazista, que oficialmente se chamava Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Em uma entrevista dada em 1923, Hitler explicou o uso da palavra socialista:
“Socialismo é a ciência de lidar com o bem comum. Comunismo não é socialismo. Marxismo não é socialismo. Os marxistas roubaram o termo e confundiram seu significado. Eu vou tirar o socialismo dos socialistas.”
Hitler e o nazismo
Hitler foi o principal idealizador e líder político do nazismo. Ele nasceu na Áustria-Hungria, na cidade de Braunau Am Inn, em 20 de abril de 1889. Filho de uma família de alemães, viveu em Viena durante a juventude, exercendo diferentes atividades, como pintor e vendedor de quadros.
Durante a Primeira Guerra, Hitler lutou na frente ocidental, servindo como mensageiro. Ferido duas vezes em combate, foi condecorado duas vezes com a Cruz de Ferro. Em 1918, foi fundada em Bremen o Comitê dos Trabalhadores Livres para uma Boa Paz, grupo antissemita, nacionalista e anticomunista e contrário à rendição da Alemanha na guerra. No mesmo ano, foi fundada em Munique uma filial do comitê, liderada por Anton Drexler, um serralheiro da indústria férrea alemã.
Em 1919, após a derrota alemã na Primeira Guerra, Drexler fundou o Partido dos Trabalhadores Alemães, composto em sua maioria por membros do antigo comitê. Uma cervejaria em Munique era o principal local de reuniões do grupo. Em 1919, Hitler foi contratado pelo exército para espionar o Partido dos Trabalhadores Alemães. As autoridades do país se preocupavam com o radicalismo do grupo e com a possibilidade de um golpe de Estado.
O partido ou a ganhar popularidade e a receber apoio de intelectuais, jornalistas e políticos, como Dietrich Eckart, Felix Von Bothmer e Karl Harrer. Hitler se identificou com o partido, ando a realizar discursos nas reuniões, ganhando a simpatia de Drexler e se tornando, em pouco tempo, a principal liderança do grupo. Em 20 de fevereiro de 1920, a pedido de Hitler, o partido foi rebatizado como Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães.
Em 1923, cerca de dois mil membros do Partido Nazista tentaram dar um golpe de Estado, conhecido como Putsch de Munique, ou Putsch da Cervejaria. Derrotados pelas tropas da República de Weimar, os principais líderes do golpe foram presos, entre eles Adolf Hitler. Foi durante a prisão que Hitler escreveu Mein Kampf, considerado o livro que contém os fundamentos do nazismo.
Libertado em pouco tempo, Hitler criou grupos paramilitares, ganhou popularidade e o apoio de parte da elite alemã, mas os nazistas tiveram poucos votos nas eleições da década de 1920.
No início da década de 1930, com a piora da crise econômica e política na Alemanha, provocada em grande parte pelas cláusulas do Tratado de Versalhes e pela Crise de 1929, o país se radicalizou e o Partido Nazista se tornou um dos mais votados, vencendo as eleições legislativas de 1933. A vitória fez Hitler ser nomeado chanceler, iniciando-se o governo nazista.
No poder, Hitler ou a implementar o nazismo na Alemanha, destruindo o Estado Democrático de Direito e construindo um Estado totalitário, nacionalista e militarizado. Ele destruiu toda a oposição ao nazismo, com assassinatos, prisões arbitrárias e deportações.
Os nazistas também controlaram todas as mídias do país e utilizaram um poderoso aparato de propaganda para a difusão do nazismo na Alemanha. Goebbels, ministro da Propaganda, foi um dos principais responsáveis pela popularização da ideologia nazista.
Nazismo e o Holocausto
Desde sua fundação, o Partido Nazista teve no antissemitismo um de seus pilares. Com a chegada ao poder, em 1933, os nazistas iniciaram as perseguições aos judeus por meio da promulgação de diversas leis. Inicialmente os judeus aram a ser identificados, sendo obrigados a costurar uma estrela de Davi amarela em suas roupas e a portarem documentos em que eram identificados como judeus.
Os judeus foram expulsos da istração pública, das forças armadas, escolas, universidades, dos esportes, e aram a ser presos, agredidos e mortos por grupos paramilitares. Com a eclosão da guerra, em setembro de 1939, os judeus aram a ser geograficamente isolados do resto da população alemã, sendo enviados aos guetos. Nesses locais existia grande densidade demográfica, poucos recursos, muitas epidemias e mortos.
Em 1941, momento no qual o Reich havia perdido suas primeiras batalhas, os nazistas adotaram a Solução Final, iniciando o processo sistemático de extermínio da população judaica nos campos de extermínio. Milhões de judeus, de todas as partes do Reich, foram enviados para os campos, onde perderam suas vidas.
Ao longo da Segunda Guerra Mundial, mais de seis milhões de judeus foram mortos pelos nazistas, a maioria nos campos de extermínio. Além dos judeus, outros grupos considerados indesejáveis foram mortos nos campos, como homossexuais, prisioneiros de guerra, testemunhas de Jeová, comunistas e socialistas.
Consequências do nazismo
Diversas foram as consequências do nazismo, a primeira delas foi a morte de cerca de 60 milhões de pessoas na Segunda Guerra Mundial. A destruição da Europa, da sua infraestrutura, de suas fazendas e indústrias também foi outra consequência da Segunda Guerra Mundial.
Após a guerra, os países Aliados ocuparam a Alemanha e iniciaram o processo de desnazificação dela. Os principais líderes nazistas foram julgados e executados pelos tribunais aliados, milhares de ex-nazistas foram presos. As ideias nazistas foram retiradas das escolas e universidades, e um novo sistema de ensino foi adotado nas duas Alemanhas que emergiram da guerra, a Oriental e a Ocidental.
Entretanto, o nazismo permaneceu vivo na Alemanha e em diversos outros países, mantendo-se em uma espécie de estado de dormência. Nos últimos anos, a ideologia nazista deixou esse estado de dormência e houve grande crescimento de grupos neonazistas em todo o mundo ocidental, inclusive no Brasil.
Em 2024, o Conselho Nacional de Direitos Humanos levou até as Organizações Unidas a preocupação do Brasil com o crescimento do neonazismo no país. O conselho citou dados da pesquisa realizada pela antropóloga Adriana Dias em que ela aponta que o número de células de grupos neonazistas havia crescido 270% no Brasil, entre 2019 e 2021. Em diversos países, partidos de extrema-direita têm ganhado força, tornando-se fortes em países como Alemanha, França e Itália.
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Exercícios resolvidos sobre nazismo
1 - (Uece) O trabalho de Herman Bernhard Lundborg, utilizado para justificar a ideia de “higiene racial”, foi fundamental para o debate sobre eugenia. Assim sendo, a eugenia ou a ser defendida pelo regime nazista, culminando, em 1935, na aprovação das Leis de Nuremberg. Essas leis:
a) obrigavam a esterilização de pessoas com problemas hereditários e a castração de delinquentes sexuais e de homossexuais.
b) criaram centros de reprodução humana e, ao mesmo tempo, legitimaram o programa Lebensborn, que incentivava pessoas saudáveis a reproduzirem-se.
c) dispunham sobre práticas de limpeza e higienização, com vistas a proporcionar a melhoria genética da espécie humana.
d) proibiam o casamento ou contato sexual de alemães com judeus, bem como com pessoas portadoras de doenças mentais, contagiosas ou hereditárias.
Alternativa D
As Leis de Nuremberg, promulgadas em 1935, implementaram legalmente o racismo na Alemanha. Pelas leis, era proibido o casamento de alemães com judeus ou com pessoas com deficiência.
2 - (Ufrgs) Leia o trecho abaixo. A despeito de instituições intervencionistas como o Comitê de Alimentos do Reich, Hitler e a liderança nazista em geral tentaram istrar a economia por meio de um controle rígido do mercado econômico em vez de nacionalização ou tomadas de controle estatais diretas. (...). Além disso, o Ministério da Economia insistiu ativamente na criação de cartéis em áreas-chave, de modo a facilitar ao Estado a direção e o monitoramento de aumentos na produção relacionada à guerra. A despeito desse aumento da intervenção estatal, conforme os porta-vozes nazistas insistiam repetidamente, a Alemanha permaneceria uma economia de livre mercado, na qual o Estado proporcionava liderança e estabelecia as metas primárias.
EVANS, Richard J. O Terceiro Reich no Poder, vol. 2. São Paulo: Planeta, 2010. p. 384. O trecho faz menção à política econômica implementada pelo nazismo na Alemanha da década de 1930.
Assinale a alternativa que indica essa política.
a) Venda de todas as empresas públicas alemãs aos grupos empresariais privados alemães.
b) Estatização de todas as indústrias privadas e adoção de um modelo econômico de inspiração soviética.
c) Reorganização econômica da sociedade alemã através de sua desindustrialização massiva.
d) Coordenação de algumas atividades econômicas pelo Estado, com manutenção de uma economia capitalista de livre mercado.
e) istração de toda a atividade econômica nacional por conselhos organizados de trabalhadores.
Alternativa D
A economia da Alemanha Nazista foi capitalista e de livre mercado, mas contou com grande interferência estatal na economia. Durante os anos de III Reich, foram feitos grandes investimentos do Estado na iniciativa privada e alguns setores considerados estratégicos para a guerra foram nacionalizados por Hitler.
Nota
|1| BRASIL. Lei Nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7716.htm
Créditos das imagens
[1]Andreas Wolochow/ Shuttesrtock
[4] Andreas Wolochow/ Shutterstock
Fontes
BEEVOR, Antony. A Segunda Guerra Mundial. Editora Record, São Paulo, 2015.
EVANS, Richard J. O Terceiro Reich no poder. Editora Planeta, São Paulo, 2014.
FERRAZ, Francisco Cesar. A Segunda Guerra Mundial. Editora Contexto, São Paulo, 2022.
JONG, David de. Bilionários nazistas. Editora Objetiva, São Paulo, 2023.
