Divisão Regional Brasileira

A divisão regional brasileira atual foi definida em 1970, mas inúmeras outras divisões foram realizadas ao longo da história do Brasil.

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O território do Brasil já ou por diversas divisões regionais. A primeira proposta de regionalização foi realizada em 1913 e depois dela outras propostas surgiram, tentando adaptar a divisão regional às características econômicas, culturais, físicas e sociais dos estados. A regionalização atual é de 1970, adaptada em 1990, em razão das alterações da Constituição de 1988. O órgão responsável pela divisão regional do Brasil é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Veja o processo brasileiro de regionalização:

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1913


Divisão regional de 1913

A primeira proposta de divisão regional do Brasil surgiu em 1913, para ser utilizada no ensino de geografia. Os critérios utilizados para esse processo foram apenas aspectos físicos – clima, vegetação e relevo. Dividia o país em cinco regiões: Setentrional, Norte Oriental, Oriental, Meridional.

1940


Em 1940, o IBGE elaborou uma nova proposta de divisão para o país que, além dos aspectos físicos, levou em consideração aspectos socioeconômicos. A região Norte era composta pelos estados de Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e o território do Acre. Goiás e Mato Grosso formavam com Minas Gerais a região Centro. Bahia, Sergipe e Espírito Santo formavam a região Leste. O Nordeste era composto por Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro pertenciam à região Sul.

1945


Divisão regional de 1945

Conforme a divisão regional de 1945, o Brasil possuía sete regiões: Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Centro-Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul. Na porção norte do Amazonas foi criado o território de Rio Branco, atual estado de Roraima; no norte do Pará foi criado o estado do Amapá. Mato Grosso perdeu uma porção a noroeste (batizado como território de Guaporé) e outra ao sul (chamado território de Ponta Porã). No Sul, Paraná e Santa Catariana foram cortados a oeste e o território de Iguaçu foi criado.

1950
Os territórios de Ponta Porã e Iguaçu foram extintos e os estados do Maranhão e do Piauí aram a integrar a região Nordeste. Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro formavam a região Leste. Em 1960, Brasília foi criada e o Distrito Federal, capital do país, foi transferido do Sudeste para o Centro-Oeste. Em 1962, o Acre tornou-se estado autônomo e o território de Rio Branco ganhou o nome de Roraima.

1970
Em 1970, o Brasil ganhou o desenho regional atual. Nasceu o Sudeste, com São Paulo e Rio de Janeiro sendo agrupados a Minas Gerais e Espírito Santo. O Nordeste recebeu Bahia e Sergipe. Todo o território de Goiás, ainda não dividido, pertencia ao Centro-Oeste. Mato Grosso foi dividido alguns anos depois, dando origem ao estado de Mato Grosso do Sul.


Divisão regional atual

1990
Com as mudanças da Constituição de 1988, ficou definida a divisão brasileira que permanece até os dias atuais. O estado do Tocantins foi criado a partir da divisão de Goiás e incorporado à região Norte; Roraima, Amapá e Rondônia tornaram-se estados autônomos; Fernando de Noronha deixou de ser federal e foi incorporado a Pernambuco.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

 

Escritor do artigo
Escrito por: Wagner de Cerqueira e Francisco Escritor oficial Brasil Escola
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FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. "Divisão Regional Brasileira "; Brasil Escola. Disponível em: /brasil/divisao-regional-brasileira.htm. o em 31 de maio de 2025.
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Lista de exercícios


Exercício 1

(Acafe) A respeito das Regiões Brasileiras, propostas oficialmente pelo IBGE, observe as afirmações abaixo:

I. De acordo com a regionalização do IBGE, o Nordeste é a região mais extensa, bem como a com o maior número de unidades da federação.

II. Apesar de a Região Sul ser a menos extensa, ela não é a que concentra menor população e menor densidade demográfica.

III. A Região Sudeste é a que possui a maior população absoluta, além de uma alta concentração econômica. Possui três estados e o Distrito Federal.

IV. A Região Norte do Brasil é a mais extensa entre as cinco, composta por sete unidades da federação, entre as quais estão os estados de Roraima, Amapá e Tocantins.

V. No Nordeste brasileiro, o Ceará é o estado mais extenso, seguido de Pernambuco e Bahia.

As afirmações CORRETAS são:

A) II e IV

B) I e II

C) I, III e IV

D) II, IV e V

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Exercício 2

(UFPR) A divisão oficial do Brasil em cinco Grandes Regiões foi instituída em 1967 para atender às atividades de planejamento estatal. Os critérios de regionalização consideraram características econômicas e sociais e também as divisões político-istrativas das Unidades da Federação, no sentido de que nenhum estado ou o Distrito Federal poderia ter parte de seu território classificado numa Grande Região e parte em outra.

Sobre o tema, é correto afirmar:

A) O Nordeste se define por ser uma região de perdas econômicas e crise social, posto que a participação percentual da região no PIB brasileiro vem declinando ao longo das últimas décadas, e os indicadores sociais nordestinos permaneceram estacionados.

B) Os critérios de regionalização utilizados criam algumas distorções, como se vê no caso de Minas Gerais, dado que os municípios do Triângulo Mineiro e Região Metropolitana de Belo Horizonte apresentam indicadores dentro da média dos municípios do Sudeste, e os municípios do Norte mineiro apresentam indicadores dentro da média dos municípios do interior do Nordeste.

C) A divisão de um país continental como o Brasil em cinco regiões com milhares de municípios cada uma reflete a centralização do planejamento público sob regimes autoritários, posto que regimes democráticos utilizam divisões regionais baseadas em unidades homogêneas com dezenas de municípios.

D) Antes de 1967, o Sudeste e o Sul faziam parte da Região Centro-Sul, a qual foi dividida nessas duas Grandes Regiões para que o planejamento estatal pudesse atender às especificidades de municípios que se definem pela industrialização ou pelo dinamismo agropecuário.

E) Com a extinção da Sudam e da Sudene, essa regionalização perdeu sua funcionalidade para o planejamento, mas continua sendo utilizada por órgãos de pesquisa para a organização de dados estatísticos.

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Exercício 3

(PUC) O conhecimento acerca das características ambientais e socioeconômicas de um determinado território é de fundamental importância para a implantação de projetos voltados ao desenvolvimento econômico e social. Para tanto, propostas de regionalização visam agregar uma série de características e, assim, permitir a formulação de políticas voltadas ao planejamento territorial. Um exemplo é a proposta de regionalização do nordeste brasileiro em Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio-Norte.

Considerando o exposto, marque a única alternativa que trata da sub-região econômica e sua correta descrição natural, econômica e social:

A) Sertão: distribui-se em estreita faixa, onde ocorrem os maiores índices pluviométricos. Nela há o predomínio da monocultura da cana-de-açúcar, bem como maior quantitativo populacional.

B) Agreste: caracterizado pela transição entre o clima litorâneo e semiárido, de policultura, onde se destacam cidades médias, consideradas polos de desenvolvimento regionais.

C) Zona da Mata: marcada pela ocorrência de elevados índices pluviométricos, expressiva atividade agropecuária e onde se localizam 7 das 9 capitais nordestinas.

D) Meio-Norte: ambiente muito semelhante à região amazônica, com o predomínio do extrativismo vegetal e onde se localiza a maior parte da atividade turística da região Nordeste.

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Exercício 4

(Univesp) Elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atual regionalização do território brasileiro objetiva:

A) resgatar a formação socioespacial brasileira.

B) auxiliar no planejamento das ações estatais.

C) valorizar a biodiversidade dos espaços naturais.

D) explicitar as contradições no o à terra.

E) reestabelecer a soberania do Estado sobre o território.

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