Morte encefálica

A morte encefálica é um quadro irreversível e é determinada após a realização de exames específicos por especialistas.

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A morte é um tema bastante delicado e que mexe com os sentimentos das pessoas. Biologicamente falando, ela pode ser definida como o fim de nossas atividades vitais. Entretanto, analisando esse conceito, muitas dúvidas surgem quando o assunto é morte encefálica.

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A morte encefálica é a mesma coisa que a morte em si? É possível retornar do quadro de morte encefálica? Por que o coração de uma pessoa continua batendo mesmo depois de decretada a morte encefálica? A seguir tiraremos suas principais dúvidas sobre esse tema.

O que é morte encefálica?

A morte encefálica pode ser definida como a constatação de que todas as funções do encéfalo foram interrompidas, incluindo-se o tronco encefálico. Essa constatação só pode ser feita após a realização de vários exames, os quais devem ser realizados em intervalos de tempo que variam de acordo com a faixa etária.

Uma pessoa com morte encefálica pode voltar à vida?

Após a morte encefálica, o paciente não possui perspectivas de melhora, uma vez que ocorre a ausência irreversível das funções neurológicas. Quando o diagnóstico de morte encefálica é comprovado, o paciente é considerado morto.

Muitas pessoas recusam-se a acreditar na morte após esse diagnóstico, entretanto, não há mais chances de recuperação. Apesar de o coração ainda bater em virtude da ventilação artificial, ele não é mais capaz de realizar suas funções sozinho, assim como o restante do corpo. Assim sendo, a remoção dos aparelhos não significa que se está matando o paciente, pois, quando a retirada é feita, ele já se encontra morto.

Como a morte encefálica é determinada?

A determinação de morte encefálica deve ser feita após a realização de alguns exames e a análise de seus resultados. A lei 9.434, de 04 de fevereiro de 1997, dispõe sobre a remoção de órgãos e tecidos e também trata da morte encefálica em si, uma vez que a confirmação da morte é essencial para que possa ser feito o transplante de órgãos. Segundo essa lei, compete ao Conselho Federal de Medicina definir os critérios para que uma morte encefálica seja decretada.

Segundo o CFM, os exames para determinar a morte encefálica devem demonstrar ausência de atividade elétrica cerebral ou ausência de atividade metabólica cerebral ou ausência de perfusão sanguínea cerebral. A ausência de perfusão sanguínea indica que o cérebro não está mais recebendo oxigênio e nutrientes.

Vale destacar que todo o diagnóstico de morte encefálica deve ser feito por médicos após análises dos exames. Além disso, deve-se enfatizar que os exames seguem um rígido controle e, na maioria das vezes, não são realizados apenas uma vez. Isso diminui os riscos de um diagnóstico incorreto.

Por que é importante que seja diagnosticada a morte encefálica?

O diagnóstico de morte encefálica é importante para que seja possível o transplante de órgãos. Caso haja a parada cardiorrespiratória, os órgãos que poderiam ser doados e salvar vidas podem ser comprometidos. Além disso, o diagnóstico é importante para aliviar a dor da família que fica incansavelmente esperando por uma melhora que infelizmente não ocorrerá.


Por Ma. Vanessa dos Santos

Quando ocorre morte encefálica, há ausência de atividade elétrica cerebral
Quando ocorre morte encefálica, há ausência de atividade elétrica cerebral
Crédito da Imagem: Shutterstock
Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.
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SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Morte encefálica"; Brasil Escola. Disponível em: /curiosidades/morte-cerebral.htm. o em 24 de maio de 2025.
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