Economia Diamantífera

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Nas primeiras décadas do século XVIII, o desenvolvimento da economia mineradora foi estabelecido graças às prospecções – em sua maioria executadas por bandeirantes – que permitiram a descoberta de várias regiões ricas em metais preciosos. Em tempos ainda mercantis, o acúmulo de ouro e prata servia como uma rápida alternativa para a resolução dos problemas econômicos de Portugal.

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A busca por esse tipo de riqueza acabou também viabilizando a descoberta de locais ricos em pedras preciosas, principalmente o diamante. No ano de 1721, o minerador Bernardo Fonseca Lobo noticiou a descoberta das primeiras pedras na região do Serro Frio, no arraial do Tejuco, em Minas Gerais. Inicialmente, a notícia da descoberta foi mantida em sigilo pelo explorador e outras autoridades locais que realizaram a extração ilegal.

Justificando terem dificuldades para identificar o valor comercial das pedras, os colonizadores daquela região enviaram a boa nova para Portugal em 1729. Num primeiro momento, os portugueses decidiram expulsar todos os mineradores da região e arrendou a exploração do espaço diamantífero para particulares. Essa medida visava garantir antecipadamente o lucro da metrópole e regular a valorização das pedras no mercado internacional.

Os problemas recorrentes com o contrabando de pedras e a sonegação de impostos motivaram uma séria mudança no modelo de istração dessa atividade. No final de 1771, sob influência do marquês de Pombal, o chamado Distrito Diamantino ou a ser controlado diretamente pela Coroa Portuguesa. Para realizar a exploração, o governo colonial realizava o aluguel dos escravos oferecidos pela população local. Nesse tempo, os lucros com a extração tiveram um visível aumento.

Durantes as andanças pelo território colonial, o naturalista Saint-Hilare registrou em suas anotações a presença de uma intensa atividade econômica e cultural na região do Arraial do Tejuco, local onde a exploração dos diamantes era mais intensa. Outra personagem histórica da mesma localidade foi o explorador João Fernandes de Oliveira, conhecido pelo seu grande poderio econômico e seu famoso relacionamento com a ex-escrava Xica da Silva.

No século XIX, a redução no volume de diamantes encontrados na região levou a Coroa Portuguesa a modificar o sistema de controle e istração do Distrito Diamantino. No dia 6 de março de 1838, já sob o controle do Império Brasileiro, a região do Tejuco foi elevada à condição de cidade, e mudou seu nome para Diamantina. Em 1853, os organismos que controlavam a extração dos diamantes foram finalmente extintos.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

A organização da exploração de diamantes foi marcada por mudanças e particularidades
A organização da exploração de diamantes foi marcada por mudanças e particularidades
Escritor do artigo
Escrito por: Rainer Gonçalves Sousa Escritor oficial Brasil Escola
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SOUSA, Rainer Gonçalves. "Economia Diamantífera"; Brasil Escola. Disponível em: /historiab/economia-diamantifera.htm. o em 23 de maio de 2025.
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Lista de exercícios


Exercício 1

Indique os objetivos fundamentais das entradas e bandeiras organizadas entre os séculos XVI e XVII.

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Exercício 2

Com base no quadro abaixo, responda:

a) Faça uma pequena descrição da forma pela qual o artista representou a figura do bandeirante nesse quadro.

b) Essa representação está de acordo com aquilo que os documentos históricos falam sobre os bandeirantes? Justifique a sua resposta.


 

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Exercício 3

Aponte alguns dos impactos causados pelo desenvolvimento da economia mineradora no Brasil.

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Exercício 4

Explique sucintamente como o ouro era obtido pelos mineradores daquela época.

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