Durante o período colonial, a prosa inexistiu. Nessa ausência de tradição, os autores românticos partiram do nada e fizeram suas primeiras tentativas mais consistentes.
O marco inicial do romance brasileiro se dá a partir das obras de Teixeira e Sousa – O filho do pescador (1843) e Joaquim Manuel de Macedo - A Moreninha (1844), a obra de Macedo se destaca dada a sua qualidade estética superior e o grande sucesso entre os contemporâneos.
Nas décadas de 50 e 60 verifica-se o florescimento da prosa de ficção.
Os prosadores românticos procuraram cobrir diversos aspectos da vida brasileira, além das indefectíveis histórias de amor.
Dentre os principais escritores dessa era, podemos destacar:
- Teixeira e Sousa
-Joaquim Manuel de Macedo
- José de Alencar
- Manuel Antônio de Almeida
- Bernardo Guimarães
- Alfredo Taunay
- Franklin Távora
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COSTA, Keilla Renata.
"Romantismo - A Prosa"; Brasil Escola.
Disponível em: /literatura/romantismo-prosa.htm. o em 26 de
maio
de 2025.
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Lista de exercícios
Exercício 1
(Faculdade de Ciências Agrárias do Pará)
Relacione a frase da direita com o nome da obra à esquerda e a seguir assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta dos números:
I – O Guarani
II – Iracema
III – Senhora
IV – Diva
V – Lucíola
( ) Desenvolve o enredo de tal maneira a condenar o casamento de conveniência.
( ) Observa-se neste romance a atitude romântica de se eleger a prostituta como centro da narrativa, procurando justificar suas dores e compreendendo o tipo de vida que levava.
( ) Neste romance são contados os primeiros contatos dos índios com os civilizados.
Tendo em vista que Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, representa uma obra cuja recorrência se torna indiscutível no ambiente de sala de aula, bem como nas provas de vestibulares de renomadas universidades, certamente que esteja apto (a) a discorrer acerca de algumas questões inerentes à temática em questão. Assim, dada essa razão, procure tecer um comentário abordando sobre as características nela presentes.
No romance “Memórias de um sargento de milícias”, de Manuel Antônio de Almeida, o que chama a atenção é um aspecto pouco comum nos romances românticos, ou seja, a visão social transmitida a partir da perspectiva:
Partindo do princípio de que o artista, pautado pelos traços ideológicos (sobretudo vivendo em meio a um contexto social, político, econômico e histórico) que norteiam a sua forma de expressar frente à realidade que o cerca, leia, analise e teça um comentário acerca do fragmento que segue, ora representado pelo romance de José de Alencar, intitulado “Senhora”:
A moça agitou então a fronte com uma vibração altiva:
- Mas o senhor não me abandonou pelo amor de Adelaide e sim por seu dote, um mesquinho dote de trinta contos! Eis o que não tinha o direito de fazer, e que jamais lhe podia perdoar! Desprezasse-me embora, mas não descesse da altura em que o havia colocado dentro de minha alma. Eu tinha um ídolo; o senhor abateu-o de seu pedestal, e atirou-o no pó. Essa degradação do homem a quem eu adorava, eis o seu crime; a sociedade não tem leis para puni-lo, mas há um remorso para ele. Não se assassina assim um coração que Deus criou para amar, incutindo-lhe a descrença e o ódio.
Seixas, que tinha curvado a fronte, ergueu-a de novo, e fitou os olhos na moça.
Conservava ainda as feições contraídas, e gotas de suor borbulhavam na raiz de seus belos cabelos negros.
- A riqueza que Deus me concedeu chegou tarde; nem ao menos permitiu-me o prazer da ilusão, que têm as mulheres enganadas. Quando a recebi, já conhecia o mundo e suas misérias; já sabia que a moça rica é um arranjo e não uma esposa; pois bem, disse eu, essa riqueza servirá para dar-me a única satisfação que ainda posso ter neste mundo. Mostrar a esse homem que não me soube compreender, que mulher o amava, e que alma perdeu. Entretanto ainda eu afagava uma esperança. Se ele recusa nobremente a proposta aviltante, eu irei lançar-me a seus pés. Suplicar-lhe-ei que aceite a minha riqueza, que a dissipe se quiser; consinta-me que eu o ame. Essa última consolação, o senhor a arrebatou. Que me restava? Outrora atava-se o cadáver ao homicida, para expiação da culpa; o senhor matou-me o coração, era justo que o prendesse ao despojo de sua vítima. Mas não desespere, o suplício não pode ser longo: este constante martírio a que estamos condenados acabará por extinguir-me o último alento; o senhor ficará livre e rico.