O uso de estrangeirismos - Uma forte influência entre os falantes
O uso de estrangeirismos - Uma forte influência entre os falantes
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Ao analisarmos a questão da linguagem, podemos perceber uma diversidade de elementos que não pertencem à língua materna, se incorporando ao vocabulário dos falantes.
Fazendo parte desse quadro estão os estrangeirismos, os quais retratam a forte influência exercida por outras culturas, que se manifestam no vestuário, culinária, música, cinema, comportamento, e, sobretudo, na linguagem.
Atualmente podemos observar o uso cada vez mais frequente desses estrangeirismos, como fatores decorrentes da globalização e do grande avanço dos recursos tecnológicos.
Entre eles destacam-se: design de moda, case, job, t-ventures, show, deadline, entre outros.
Tornou-se muito usual ouvirmos as pessoas se utilizarem desse artifício em determinadas situações, tais como: “Vamos a umHappy Hour”,“Vamos almoçar em um Fast-Food”, “Vamos ao Mega Hair Cabelereiros”, entre outros.
Os mesmos estão presentes na mídia e na Internet, como também nos nomes de lojas e supermercados, querendo com isso provocar algum tipo de impressão no público-alvo.
Mesmo que algumas palavras oriundas da língua estrangeira, como lanche e futebol (oriundas do inglês - lunch e football) já se aportuguesaram, é sempre bom tomarmos cuidado quanto à pronúncia de certas expressões feita de maneira indevida.
É fundamental cuidarmos de nossa imagem, principalmente no que se refere à competência linguística de modo a evitar certos constrangimentos perante determinadas situações.
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Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento.
"O uso de estrangeirismos - Uma forte influência entre os falantes "; Brasil Escola.
Disponível em: /redacao/o-uso-estrangeirismosuma-forte-influencia-entre-os-.htm. o em 24 de
maio
de 2025.
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Lista de exercícios
Exercício 1
Observe a tirinha de Adão Iturrusgarai:
Os estrangeirismos, também conhecidos como empréstimos linguísticos, devem ser empregados quando não houver um termo equivalente no idioma
O efeito de humor da tirinha é causado pelo fato de:
a) O personagem não conseguir abrir a porta porque não leu a placa afixada;
b) O personagem não conseguir encontrar a palavra push no dicionário;
c) O personagem acreditar na falsa semelhança entre as palavras push e puxe;
d) O personagem não saber inglês, por isso não consegue abrir a porta.
Sobre os estrangeirismos, estão corretas as proposições:
I. Tentativa de apropriação de uma língua estrangeira em detrimento do idioma local.
II. Apropriação de elementos, expressões e construções alheias ao idioma.
III. Processo que se refere aos termos que não pertencem genuinamente ao léxico de uma língua, mas em virtude de um processo natural de assimilação cultural, acabam constituindo nosso vocabulário.
IV. Deve-se preferir o próprio vernáculo quando houver correspondentes que façam a substituição eficiente de um termo que esteja em outra língua.
Alguns empréstimos linguísticos já se encontram enraizados em nossa cultura, estando eles aportuguesados ou em seu formato original Título: Mafalda e o empréstimo linguístico.
Analisando a tirinha da Mafalda, é possível inferir:
a) Há uma clara apologia ao emprego dos estrangeirismos. O autor da tirinha acha que a palavra living deveria substituir a expressão sala de estar.
b) Mafalda não sabe o significado da expressão sala de estar, o que compromete seu entendimento sobre a revista que está lendo.
c) Há uma crítica bem humorada sobre o abuso do uso dos estrangeirismos, mesmo porque na língua portuguesa existe uma palavra equivalente à palavra living, o que tornaria seu uso dispensável.
d) Mafalda acha que a linguagem utilizada pelo livro dificulta o entendimento do conteúdo.
Só falta o Senado aprovar o projeto de lei [sobre o uso de termos estrangeiros no Brasil] para que palavras como shopping center , delivery e drive-through sejam proibidas em nomes de estabelecimentos e marcas. Engajado nessa valorosa luta contra o inimigo ianque, que quer fazer área de livre comércio com nosso inculto e belo idioma, venho sugerir algumas outras medidas que serão de extrema importância para a preservação da soberania nacional, a saber:
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Nenhum cidadão carioca ou gaúcho poderá dizer "Tu vai" em espaços públicos do território nacional;
Nenhum cidadão paulista poderá dizer "Eu lhe amo" e retirar ou acrescentar o plural em sentenças como "Me vê um chopps e dois pastel";
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Nenhum dono de borracharia poderá escrever cartaz com a palavra "borraxaria" e nenhum dono de banca de jornal anunciará "Vende-se cigarros";
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Nenhum livro de gramática obrigará os alunos a utilizar colocações pronominais como "casar-me-ei" ou "ver-se-ão".
PIZA, Daniel. Uma proposta imodesta. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 8/04/2001.
No texto acima, o autor:
a) mostra-se favorável ao teor da proposta por entender que a língua portuguesa deve ser protegida contra deturpações de uso.
b) ironiza o projeto de lei ao sugerir medidas que inibam determinados usos regionais e socioculturais da língua.
c) denuncia o desconhecimento de regras elementares de concordância verbal e nominal pelo falante brasileiro.
d) revela-se preconceituoso em relação a certos registros linguísticos ao propor medidas que os controlem.
e) defende o ensino rigoroso da gramática para que todos aprendam a empregar corretamente os pronomes.